Uma conversa com Roby Pontes, batera do Golpe de Estado.

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FANATIC MEDIA GROUP: Como surgiu o convite de ingressar na banda Golpe de Estado?

ROBY PONTES: Na verdade fui indicado para fazer um teste no Golpe De Estado. Um grande amigo fez esta conexão, o guitarrista Xando Zuppo. Ele era muito amigo do Helcio e do Nelson.
Eu ainda não conhecia pessoalmente o Helcio, mas o Nelson sim. Já tínhamos feito umas gigs no passado, mas ele não pensou em mim pra entrar na banda… Quando cheguei no estúdio ele disse: “Putz, é mesmo… não sei porquê não lembrei de você antes! (risos)”. Nesse dia ensaiamos umas 10 músicas, e de imediato eles aprovaram minha entrada na banda.

FMG: Substituir Paulo Zinner na banda, que foi um dos fundadores da banda, é uma grande responsabilidade. Como você lidou com isso? Os fãs reagiram bem?

RP: Quero deixar bem claro aqui que sempre fui fã do Golpe e acompanhei também durante muitos anos o trabalho do Paulo Zinner. Então, claro que foi uma responsabilidade de peso sim.
Sempre toquei as músicas do Golpe quando era adolescente, antes de entrar na banda. Portanto tive uma certa facilidade em tocar as músicas. Fiquei um pouco tenso nos primeiros shows, mas para a minha surpresa a maioria dos fãs reagiu muito bem à minha entrada na banda, e aceitaram bem o meu trabalho. E olha que essa banda tem fãs, hein?!

FMG: Antes do Golpe de Estado, você participava de alguma banda? E atualmente, há algum projeto paralelo?

RP: Tive inúmeras bandas de rock cover, desde meus 14 anos de idade. Com 17 anos, entrei numa banda de baile que trabalhei durante 18 anos consecutivos… Aí veio o saudoso Helcio e o brother Nelson que me salvaram.

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FMG: Teve algum show marcante para sua carreira?

RP: Sim, vários shows foram marcantes, mais tem dois que são foda. Posso citar o Tributo ao Helcio Aguirra na Virada Cultural 2014 e o show da gravação do nosso novo cd Golpe De Estado 30 anos ao vivo, que acabou de sair do forno!!!

FMG: E música? Qual a sua favorita e qual o motivo?

RP: Gosto muito da música “Velha mistura” como ouvinte. Mas pra tocar, gosto de “Forçando a barra”, pois ela tem uma levada, um swing de negão, bem meu estilo de tocar.

FMG: Após o falecimento de Helcio Aguirra, a banda terminou suas atividades por um período de tempo. Poderia contar um pouco sobre este capítulo triste na história da banda?

RP: Ficamos todos chocados com a partida do Helcio, fizemos uns shows tributos e a banda saiu dos trilhos. O Nelson resolveu tirar férias, como ele mesmo diz. Depois de alguns meses, o Nelson teve a ideia de fazer uns shows com convidados diferentes a cada show.
Claro que de praxe eu me auto convidei para participar desses shows. Estes shows tiveram 2 formações diferentes, e que resultou e finalizou na formação atual: Eu, Nelson Brito, João Luiz e Marcello Schevano.

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FMG: E o retorno? Foi complicado para você subir no palco sem o Helcio?

RP: Os primeiros shows foram bem complicados, como disse na resposta acima, a banda saiu tanto dos trilhos emocionalmente que acabou encerrando aquela formação.

FMG: Quais são suas principais influências?

RP: Bandas: Kiss, The Who, Zeppelin ,Cactus, Mutantes, Patrulha do espaço, Som nosso de cada dia e ai vai uma lista enorme… De bateristas: Tommy Aldridge Eric Singer, Keith Moon, Bonham, Paice, etc etc….

FMG: Como você vê o futuro do rock?

RP: Não sendo pessimista, mas no Brasil, vejo um futuro medonho… Toco rock and roll no pais do samba… Isso é insano, só pra quem é.

FMG: Poderia deixar uma mensagem para os leitores?

RP: Quero agradecer o espaço, a oportunidade e aos leitores do Fanatic Media Group.
Caros leitores, sonhos acontecem mesmo… Um dia sonhava tocar em uma banda de rock de respeito como o Golpe. E hoje aqui estou… Portanto, façam por merecer, e desistir nunca… Paz, amor, sex, rock .

Por: Priscila Velasco

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